A adenomiose é uma condição ginecológica crônica que, segundo Oluwatosin Tolulope Ajidahun (também conhecido como Tosyn Lopes), pode comprometer de maneira significativa a saúde reprodutiva da mulher. Caracteriza-se pela presença de tecido endometrial — que normalmente reveste a cavidade uterina — dentro do miométrio, o músculo do útero. Essa anomalia pode causar dor intensa, sangramentos menstruais abundantes e dificuldades na implantação embrionária.

Com sintomas muitas vezes confundidos com outras doenças uterinas, como a endometriose, a adenomiose requer diagnóstico preciso e abordagem multidisciplinar. A condição não apenas afeta a qualidade de vida da paciente, como também pode interferir na fertilidade, especialmente em mulheres que tentam engravidar naturalmente ou por meio de tratamentos de reprodução assistida. 

Entenda mais sobre o assunto, a seguir!

O que é a adenomiose e como ela se manifesta no organismo feminino?

A adenomiose ocorre quando células endometriais invadem o tecido muscular uterino, provocando inflamação, aumento do volume do útero e alterações na contratilidade uterina. Esses fatores levam à dor pélvica crônica, cólicas intensas durante a menstruação e sangramentos prolongados ou em grande volume. Oluwatosin Tolulope Ajidahun destaca que a condição pode permanecer assintomática por anos, dificultando o diagnóstico precoce.

A identificação da adenomiose costuma ocorrer durante investigações para dor pélvica ou infertilidade. A ressonância magnética e a ultrassonografia transvaginal com preparo intestinal são os exames mais eficazes para detectar a presença de tecido endometrial no miométrio. Quando diagnosticada corretamente, é possível planejar tratamentos individualizados, com foco na preservação da fertilidade e no alívio dos sintomas.

Como a adenomiose pode impactar a fertilidade feminina?

A fertilidade pode ser comprometida por diversos mecanismos associados à adenomiose. A presença do tecido endometrial no músculo uterino prejudica a implantação do embrião devido à inflamação local e alterações na espessura endometrial funcional. O ambiente uterino se torna menos receptivo, dificultando a fixação do embrião, especialmente em processos de fertilização in vitro (FIV).

Tosyn Lopes aborda os sintomas e impactos reprodutivos causados pela adenomiose.

Além disso, a adenomiose pode afetar a vascularização do útero e alterar o padrão de contrações uterinas, ambos fatores cruciais para uma gestação saudável. Tosyn Lopes aponta que, mesmo em mulheres jovens, a doença pode reduzir as taxas de sucesso dos tratamentos de reprodução assistida. A personalização terapêutica com uso de hormônios ou cirurgia conservadora pode melhorar o prognóstico reprodutivo.

Quais são os tratamentos disponíveis para a adenomiose e quando considerar a reprodução assistida?

O tratamento da adenomiose depende da gravidade dos sintomas, do desejo de engravidar e da idade da paciente. De acordo com Oluwatosin Tolulope Ajidahun, casos leves podem ser tratados com medicamentos hormonais que regulam o ciclo menstrual e reduzem o crescimento do tecido endometrial ectópico. Anti-inflamatórios também podem ser utilizados para controle da dor.

Nos casos mais severos, pode-se considerar procedimentos cirúrgicos, como a adenomectomia, que remove o tecido afetado sem comprometer o útero. Para pacientes com infertilidade associada à adenomiose, os tratamentos de reprodução assistida, como a FIV, são indicados. Tosyn Lopes enfatiza que o acompanhamento contínuo com especialistas em fertilidade é essencial para avaliar a viabilidade de uma gestação saudável e evitar recorrência da condição.

A adenomiose é uma doença complexa e de evolução variável, mas que pode ser controlada com o diagnóstico precoce e a aplicação de terapias adequadas. Compreender o impacto da presença de tecido endometrial no músculo uterino é essencial para preservar a fertilidade e melhorar a qualidade de vida das pacientes. A atenção médica especializada é indispensável para definir estratégias seguras e eficazes de tratamento.

Com o avanço das técnicas de imagem e das terapias hormonais e cirúrgicas, hoje é possível oferecer soluções personalizadas, mesmo para mulheres com casos mais graves. Oluwatosin Tolulope Ajidahun destaca que, embora a adenomiose represente um desafio, ela não é um obstáculo definitivo à maternidade. O conhecimento e a abordagem interdisciplinar são as chaves para um cuidado ginecológico mais assertivo e humanizado.

Autor: Weber Klein